Erosão Hídrica Pluvial
A
cidade de Maputo tem sido assolada pela erosão hídrica pluvial (causada pela
água das chuvas), que arrasta partículas de terra em direcção ao mar, dado que
esta urbe aliás Moçambique tem um declínio virado para o mar.
A
fúria destas águas destrói infra-estruturas públicas e privadas, e para além de
criar danos humanos e ambientais o que atrasa o desenvolvimento do país, em
particular a cidade de Maputo, bem como as outras províncias do nosso país.
A
erosão é um processo de deslocamento de terra ou de rochas de uma superfície,
podendo ocorrer por acção de fenómenos da natureza ou do ser humano.
A
erosão hídrica pluvial, sobre a qual retrata o presente blog, tem como causa
natural e principal a chuva, para além das grandes mudanças climáticas que
ocorre na mãe terra. Esta, ao atingir o solo em grande quantidade, provoca
deslizamento, infiltrações e mudanças na consistência do solo que culmina
muitas vezes com a destruição da sua composição, pois esta decompõe as
partículas que compõe o solo. Tendo em conta que o depósito do material erodido
pode destruir estradas (como ilustram as
imagens), obstruir caminhos, canais de drenagem, acumular nos reservatórios
reduzindo sua vida útil e geração de energia. O sedimento pode danificar o
habitat dos peixes e degradar a qualidade da água em riachos, rios e lagos.
É
importante frisar que o ser humano através das suas práticas contribui para a
ocorrência da erosão. As práticas a que referimos são: o ordenamento territorial
e urbano deficiente, isto é, ; prática de agricultura de subsistência nas
encostas das dunas e vales; abate de mangais; regulação dos cursos de água
(barragens).
A
erosão pluvial ocorre pela retirada de partículas da camada superficial do solo
pelas águas da chuva. A primeira acção da chuva se dá através do impacto de
gotas de água sobre o solo desprotegido de vegetação. Este é capaz de provocar
a degradação do torrões e agregados do solo, lançando o material mais fino para
cima e para longe, este fenómeno conhecido por salpicamento. Podemos observar
na cidade de Maputo por exemplo no prolongamento da avenida Julius Nyerere,
concretamente no Bairro da Polana Caniço, uma grande cratera foi aberta pela
fúria das águas das chuvas em um lugar que antes era uma estrada.
Um
cenário triste que se assiste naquela zona, uma vez que casas desabaram e
existem outras ainda por desabar como consequência da erosão hídrica pluvial.
Infelizmente
a chuva é um dos agentes mais erosivos e mais activos pois ao cair, contínua e
intensamente sobre uma área, ela pode abrir desde pequenos buracos até às
enormes rachaduras no solo, causando assim desgaste deste e arrastando parte
dos materiais que o compõem, conforme o grau de agregação da força destrutiva
das águas das chuvas, podemos considerar dois tipos de erosão hídrica pluvial:
a Superficial (quando leva partículas do solo, principalmente se não tiver uma
cobertura para protege-lo); Lamiar (quando a chuva abre pequenos buracos no
solo de ravinamento).
Algumas
das soluções normalmente empregues no controlo da erosão para a protecção do
solo no sentido de diminuir a intensidade do escoamento superficial, estas são
as que mais se adaptam a realidade nacional são as seguintes: o
reflorestamento, uso de curvas de níveis nas práticas agrícolas e taludes,
construção de gabiões, barragens de correcção torrenciais, a correcção e a suavização
da cabeça e margens de ravinas para além de cobertura vegetal do leito de
ravinas.